sexta-feira, 11 de novembro de 2011

DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO É O TEMA DA PRÓXIMA PARADA GAY


Logo Depois de muitos ativistas não perderem as esperanças e perseverarem nos últimos anos na insistência sobre a importância do assunto, o aborto foi escolhido como tema da próxima Parada do Orgulho Gay!

Muitos devem se perguntar em que a causa gay se relaciona com a discussão sobre o aborto. O que parece óbvio para alguns é absolutamente (estrategicamente) não compreensível para outros. Eis a primeira justificativa para a eleição do tema: dar visibilidade às causas que estejam focadas mais na busca por direitos do que na conservadora reivindicação por respeito. Mais esta mudança na lógica de visibilidade das questões de gênero e sexualidade no Brasil tem muito a ensinar para o mundo. Afinal, sabemos que historicamente a longa luta contra as injustiças e violências calcadas sobre a moralidade e os bons costumes foram vencidos com muita imoralidade. Vocês já imaginaram se os movimentos sociais ficassem focados apenas em causas reconhecidas como moralmente respeitáveis? Hoje estaríamos vivendo em uma realidade ainda mais violenta.

A respeitabilidade foi colocada na berlinda na hora da escolha deste tema. Alguns insistiam que este assunto é polêmico e poderá alocar os gays em uma realidade ainda mais estigmatizante do que a de "comedores de criancinhas", como a de "matadores de criancinhas". Outros se defenderam dizendo que o problema não é o estigma, mas a norma que o inventa. Então, ao invés de acabar com o que a sociedade acha que é menos valioso, é preciso denunciar a construção perversa das legislações que alocam determinadas pessoas em situações de vidas inabitáveis. Isso é absolutamente claro quando olhamos para os dados das mulheres que morrem por tentativas de aborto na ilegalidade neste país: pobre, negras e jovens.

Críticas identitárias também foram usadas na disputa para que outro tema ganhasse força e não o do abortamento mais seguro para os casos em que são solicitados ou necessariamente aplicados. "Aborto não é um tema pra viado se meter", "Temos coisas mais específicas para lutar", "Eu nunca vou me engravidar", estas fora algumas das frases ouvidas na discussão antes da votação do tema. Todas elas também foram criticadas porque ficou claro que o aborto não é um tema anti-identitário, pelo contrário. Assim o é a ponto de muitos o temerem. O problema não está no uso das identidades, mas na forma estratégica que a empregamos. Neste processo, foi defendido que o aborto, de um ponto de vista estruturante, é mais forte identitariamente do que outros de menor impacto transformador.



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texto por Tiago Duque* Fonte: ACAPA.com
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2 comentários:

  1. Sou RADICALMENTE CONTRA a DESCRIMINALIZAÇÃO do ABORTO... ABORTO deve ser tratado como HOMICÍDIO QUALIFICADO pela IMPOSSIBILIDADE TOTAL de A VÍTIMA SE DEFENDER... ABORTAR é PIOR do que MATAR um HOMOSSEXUAL, porque, pelo menos, o HOMOSSEXUAL tem como se defender, a criança em gestação, NÃO!!! Pense nisto!!! Quem é macho ou fêmea o suficiente pra GOZAR gostoso num SEGUNDO, que seja SER HUMANO o suficiente para ASSUMIR a RESPONSABILIDADE de CRIAR COM DIGNIDADE e AMOR o SER que GEROU ou CONCEBEU... Isto é o mínimo que podemos esperar de um SER HUMANO DIGNO ou, do contrário, que sejam tratados como BESTAS dignas de serem MORTAS A PEDRADAS!!! NINGUÉM PEDE PARA SER CONCEBIDO OU GERADO... COLOQUE-SE NO LUGAR DESTE SER INDEFESO... E OUSE MATÁ-LO SE VOCÊ FOR UM MONSTRO...

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  2. No dia em que as pessoas aprenderem a conviver na maravilhosa diversidade do mosaico humano; no dia em que as pessoas passarem a olhar mais para o próprio umbigo do que para a vida das demais pessoas; no dia em que o ser humano passar a cuidar mais da trava que veda o próprio olho do que o cisco que atrapalha a visão do seu próximo; no dia em que a legislaçao brasileira tratar com mais dignidade a vida humana do que trata a vida dos animais silvestres; no dia em que os brasileiros se derem conta de que o social é mais importante do que o econômico-financeiro; no dia em que este país deixar de tratar seus educadores como marginais, EU COMEÇAREI A PENSAR QUE ESTE PAÍS AINDA TEM SOLUÇÃO... Não consigo acreditar que a comunidade GLBS possa estar levantando esta bandeira imunda do ABORTO. Quem mais tem sofrido atrocidades e discriminações neste país tinha a obrigação de levantar a bandeira PRÓ-VIDA.

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